quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mais um nascimento de siameses é registrado no Pará

A mãe é de Cachoeira do Piriá e estão internadas na Santa Casa, em Belém

 


O nascimento de gêmeos siameses, anomalia pouco frequente de acontecer, teve o terceiro caso registrado no Pará em menos de dois anos. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), a Santa Casa de Misericórdia do Pará informou sobre o nascimento de bebês siameses na maternidade. A mãe, que não teve a idade nem o nome informado, mora na cidade de Cachoeira do Piriá, no nordeste do Estado, e teve as crianças após 35 semanas de gestação.

Eles nasceram com cerca de quatro quilos na terça-feira (26), na maternidade do hospital, e estão internados em uma área isolada da Unidade de Tratamento Intensivo Neo Natal (UTI-Neo). 

Segundo a equipe médica, as crianças estão ligadas pelo tórax e abdômen, possuem pernas e braços completos, dois pulmões, dois estômagos, mas têm apenas um fígado e um coração, que apresenta má formação. De acordo com a ginecologista e obstetra Débora Carneiro da Santa Casa, a anomalia ocorre por conta da tardia divisão celular após a fecundação.

Ainda de acordo com a médica, a paciente realizou todos os exames do pré-natal e já sabia que as crianças eram siamesas. Os recém-nascidos respiram com a ajuda de aparelhos e passam por vários exames para saber se é possível realizar a cirurgia de separação. 

Outros casos - Um caso de gêmeos siameses foi registrado em dezembro de 2011, com o nascimento de Jesus e Emanoel, em Anajás, na região do Marajó. Eles permaneceram um mês na UTI Neonatal da Santa Casa, dividindo o mesmo coração. 

 Apesar de apresentarem um quadro extremante complexo e as chances de sobrevivência serem mínimas, eles surpreenderam a equipe médica. No Hospital de Clínicas, eles protagonizaram um procedimento raro na literatura médica: foram submetidos a uma angioplastia para desobstruir uma artéria do coração, o único órgão compartilhado pelos dois. A cirurgia, feita em meados de abril de 2012 e considerada um sucesso, entrou para a história da medicina mundial, sendo, provavelmente, a primeira angioplastia executada em gêmeos siameses no mundo. Após o procedimento, os bebês retornaram à Santa Casa, onde recebiam acompanhamento. Os dois morreram após sete meses de vida.

Já em janeiro de 2012, nasceram outros gêmeos, dessa vez em Alenquer. Os bebês morreram no segundo dia de vida e nem chegaram a ser transferidos para a Santa Casa, na capital paraense. 

A mãe dos bebês, Neudiana Abreu Corrêa, de 26 anos, descobriu a anomalia dos filhos onfalópagos somente após o parto, por não ter feito todos os exames exigidos no pré-natal. Ela justificou ter faltado em consultas por morar em uma localidade distante do centro de Alenquer, na comunidade de Auto dos Ferreiras. 

Fonte: Portal ORM

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