quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

PF prende 46 em todo o país por fraudes em vestibulares de medicina

Quadrilha lucrava até R$ 2 milhões em época de provas, disse delegado

 


A Polícia Federal prendeu 46 pessoas até o início da tarde desta quarta-feira (12) em todo o país suspeitas de fraudar vestibulares de faculdades de medicina em vários estados e no Distrito Federal. Uma das sete quadrilhas envolvidas nas fraudes lucrava até R$ 2 milhões na época das provas, de acordo com o delegado-chefe da operação, Leonardo Damasceno.

As investigações da operação, batizada de Calouro, ocorreram durante um ano e seis meses e identificaram fraudes em 53 provas de admissão para cursos de medicina em 11 estados e no Distrito Federal, em unidades de ensino privadas e em algumas estaduais. 

O delegado informou que os candidatos pagavam até R$ 80 mil para conseguir aprovação, obtida por meio do uso do uso de documentos falsos e de cola eletrônica. Em cada prova, as quadrilhas atuavam para beneficiar pelo menos 20 candidatos. 

De acordo com Damasceno, as instituições afetadas pelas fraudes colaboraram com a investigação da polícia e não agiam de forma conivente com as quadrilhas. “As instituições foram pegas de surpresa, pois não tinham dimensão de que eram o grande alvo dessas quadrilhas”, afirmou. 

A PF informou que empresários, um médico, um engenheiro e um estudante de medicina comandavam as quadrilhas e, em um ano e meio, mais de mil candidatos teriam tentado se beneficiar do esquema. Seis líderes dessas quadrilhas foram presos em Goiás e um em Minas Gerais. 

Entre as instituições que tiveram o resultado das provas fraudado, estão a Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, a fluminense Estácio de Sá e a PUC Betim, em Minas Gerais. Também estão na lista a paulista Anhebi Morumbi e a Universidade Católica de Pelotas, no Rio Grande do Sul. 

Distrito Federal - O delegado informou que, no Distrito Federal, pelos menos 60 estudantes tentaram se beneficiar com o esquema em três vestibulares de medicina das Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac) entre outubro de 2011 e novembro deste ano. 

Dos 70 mandados de prisão emitidos pela Justiça nesta quarta, cinco foram no DF, onde quatro pessoas haviam sido presas até o início da tarde. 

O delegado informou que, antes da operação, cinco quadrilhas já tinham sofrido repressão da polícia por fraudes em vestibulares anteriores, mas continuaram atuando porque os líderes não chegaram a ser condenados. Entre 60 e 70 pessoas também já haviam sido presas, mas continuaram atuando nos esquemas após a soltura, contou o delegado.

 A operação ocorreu em Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo,Santa Catarina, Minas Gerais,Rio de Janeiro, Pará e Distrito Federal.  

Fonte: G1

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