sexta-feira, 5 de abril de 2013

MADEIRAS IRREGULARES SÃO EMBARGADAS EM PARAGOMINAS, PA

Multas aplicadas pelo Ibama chegam a R$ 2 milhões.
Grupo empresarial responsável pela área já estava sendo investigado.

 Estrada foi aberta por madeireiros no meio da reserva Gurupi (Foto: Nelson Feitosa/Ibama)

Um grupo de empresas em Paragominas, sudeste do Pará, foi alvo, nesta quinta-feira (4), de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Duas madeireiras do grupo foram embargadas por irregularidades na comercialização de madeira nativa. As multas aplicadas pelo Ibama chegam a R$ 2 milhões.

De acordo com o Instituto, o grupo é formado por pelo menos 12 empresas associadas, entre madeireiras, firmas de exportação e fábricas de MDF processados a partir de madeira de reflorestamento. O Ibama informou ainda, que as empresas são suspeitas de utilizar espécies nativas exploradas ilegalmente em áreas protegidas para fabricar parte dos produtos.

Durante a operação, a Polícia Federal também cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em Paragominas, Dom Eliseu, Tomé-Açu e Pacajá. Documentos foram apreendidos e várias pessoas foram ouvidas, entre funcionários, administradores e sócios das empresas.


 Máquinas também foram apreendidas durante a operação (Foto: Nelson Feitosa/Ibama)

Fraudes
 

Em setembro de 2011, o Ibama flagrou  uma exploração irregular de madeira na reserva biológica Gurupi, na fronteira entre os estados do Maranhão e Pará. À época, segundo o Ibama, os 8 presos pelo crime ambiental afirmaram, em depoimento à Polícia Federal, que o grupo empresarial de Paragominas seria o responsável pelo desmatamento.

O grupo, então, vem sendo monitorado desde 2011. Durante as investigações, de acordo com o Ibama, foi comprovado que parte da madeira retirada da reserva foi retirada ilegalmente através das empresas do grupo, que utilizada um plano fraudulento de manejo florestal.

Segundo a Polícia Federal, o esquema de fraudes gerou um faturamento de R$ 15 milhões para o conglomerado empresarial.

A expectativa do Ibama é que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês de abril, quando deverá ser enviado ao Ministério Público.(G1)

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